Diferente do homem, a sexualidade feminina é muito mais complexa.
É muito comum ouvir no consultório: "Dra., me dê alguma coisa para não acabar com o meu casamento, já que tenho fugido do meu marido".
Mas o diagnóstico da disfunção sexual por si só não determina tratamento medicamentoso. Por isso é necessário identificar o fator que culminou com a disfunção. O quadro da imagem postada evidencia os fatores associados às disfunções sexuais femininas, envolvendo alguns dos aspectos abaixo:
Podemos então ver a complexidade de cada caso e cada casal, já que o mesmo parceiro pode ter sentimentos e relações completamente diferentes com pessoas diferentes.
Após avaliar as causas, a educação sexual será o primeiro passo no tratamento de qualquer queixa sexual ou disfunção.
O médico então deve orientar sobre as fases da resposta sexual: desejo, excitação e orgasmo e o paciente interessado pode fazer suas pesquisas sobre o assunto.
Então, em relação a disfunções de DESEJO sexual, é preciso levar em conta que, se o relacionamento conjugal não for satisfatório, as medidas para melhorar tal disfunção são quase sempre ineficazes.
O tratamento vai ser direcionado de acordo com o fator causal, incluindo medicamentos (hormonais e não hormonais) e terapia psicológica e/ou sexual.
Vale lembrar que a inibição da resposta sexual envolve a ação da serotonina (5-HT), endocanabinóides e opiáceos, enquanto a excitação sexual envolve a ocitocina (OXT), a norepinefrina, a dopamina e o sistema de melanocortina.
No caso da terapia hormonal, ela terá benefício comprovado em pacientes climatéricas (com menores níveis de circulação de estrogênio), cuja hipótese de disfunção seria "exclusivamente" a queda hormonal. Nos casos de atrofia genital, os hormônios locais e lubrificantes são fundamentais. A testosterona fica indicada para quem já iniciou a reposição hormonal e ainda não teve resposta.
Testosterona não é aprovada pela Anvisa em outros casos e os trabalhos não comprovaram seu benefício.
É importante lembrar que a mulher tem NORMALmente menores níveis de testosterona e isso não é patológico (mas falarei mais dessa questão em outro momento).
Tratamentos não hormonais o incluem:
Devido então a complexidade de cada caso... Marque uma consulta.