Grávidas, bebês e crianças correm mais risco com o coronavírus?

Grávidas, bebês e crianças correm mais risco com o coronavírus?

Entre os papéis da mulher na sociedade, a mulher brasileira tem papel central na educação dos filhos e dessa forma, a morte materna impacta no eixo familiar e no futuro da criança.

A meta do Brasil é atingir o patamar de 30 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos até 2030, desafio assumido pelos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Em 2015, tínhamos 35 mortes em 100 mil. Em 2019 essa razão foi de 57.9 e em números absolutos 1.575 óbitos.

Se a gestantes e puérperas têm maior risco de complicações relacionadas a gravidez e têm maior risco de necessitar de suporte em UTI, podemos ver que o COVID aumentou a mortalidade de forma desproporcional nesse grupo, fazendo das gestantes e puérperas um grupo de risco para o Covid, que foi responsável por 454 mortes em 2020 e 695 em 2021 até o mês de junho desse mesmo ano.

Isso tudo porque a gestação predispõe ao agravo de infecções respiratórias.

Além da própria infecção pelo covid, houve uma queda do número de consultas de pré natal, devido ao medo de exposição ao vírus, além de queda na qualidade de atendimento e acesso devido ao redirecionamento de profissionais nas unidades de saúde.

Nos momentos de superlotação do sistema, também houve demora para internações e até dificuldade de manejo de gestantes infectadas. Isso tudo demonstra a importância no investimento na saúde, na divulgação da importância do pré natal e nas campanhas de conscientização das pacientes e da família.

Grávidas, principalmente as que estão no último trimestre estão entre o grupo de risco de uma evolução grave do quadro de Covid-19, isso acontece porque durante o período gestacional, o corpo da mulher sofre diversas modificações imunológicas, cardiovasculares e do sistema de coagulação do sangue.

Já os bebês e as crianças não fazem parte dos grupos de risco, mas existem relatos de inúmeras internações, óbitos e agravos de saúde das crianças. Daí a importância de levar seu filho de 5 ou mais anos para vacinar, já que a vacina protege contra a evolução da doença para gravidade.

Obs: os dados acima são os disponíveis na literatura médica na data da publicação. 


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Dra Camila Rios Bretas

Cirurgia, Ginecologia e Acupuntura

camilariosb@gmail.com

FORMAÇÃO ACADÊMICA 2007 - 2012 | Graduação em medicina pela Fundação Educacional Lucas Machado - Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.2013 - 2015 | Residência médica em cirurgia geral pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais -...

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