Cesárea: conheça mais detalhes sobre este tipo de parto.

Cesárea: conheça mais detalhes sobre este tipo de parto.

Caracterizado por ser um parto onde é feita a retirada do bebê através de uma incisão na parede abdominal e suas camadas até chegar ao útero, o parto cesariano é muito comum no Brasil.

De acordo com a OMS, 140 milhões de nascimentos acontecem ao ano no mundo; a maioria, sem identificação de fatores de risco. Quando realizadas por motivos médicos, as cesarianas podem reduzir a mortalidade e morbidade materna e perinatal. Porém não existem evidências de que as cesáreas sejam  benéficas quando mulheres ou bebês quando há possibilidade da tentativa da via normal.

No Brasil, entretanto, a ordem natural está invertida. Em 2016, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 2.400.000 partos, destes, 1.336.000 foram cesáreas. Segundo a OMS, o País detém a segunda maior taxa de cesáreas do planeta com 55%, perdendo apenas para a República Dominicana, onde a taxa é de 56%. Na Europa é de 25%, e nos EUA, 32,8%. Fonte: Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

"Mas se existe o parto normal, porque fazer uma cesárea?". Há dois motivos principais que podem levar uma gestante à realizar a cirurgia cesariana na hora do parto:

  • Por escolha — Nesse caso, muitas mães decidem pela cesárea antes mesmo de chegar a hora do parto, por motivos como: medo da dor do parto, medo que o períneo não volte ao normal, ou de não chegar a tempo no hospital. Podemos então reparar que essa escolha está muito relacionada ao medo, o que é perigoso, já que posteriormente pode gerar arrependimento.

  • Por indicação médica — Por diversos motivos, entre eles os casos em que a placenta está na frente do canal de parto (como na placenta prévia), quando há alterações das relações de tamanho e posição do bebê (feto em apresentação pélvica, gemelaridade), quando não há dilatação suficiente após entrar em trabalho de parto, ou em emergências como descolamento de placenta, sofrimento fetal, pré eclampsia grave, entre outras várias.


Vale lembrar que só o médico responsável pelo caso poderá realizar a avaliação da necessidade ou não do procedimento.

"Como é feita a cirurgia?".  Após a anestesia, (raquianestia ou peridural), antissepsia da pele e colocação dos campos cirúrgicos, começam as incisões ou divulsão dos tecidos: pele, subcutâneo, aponeurose, musculatura, peritôneo e útero, com acesso ao bebê após romper a "bolsa das águas". O cordão umbilical é cortado e a placenta retirada. Depois suturamos todas essas camadas. O bebê pode e deve ser apresentado a mãe, podendo permanecer com ela se ambos estiverem bem.

Podemos ver então que é uma cirurgia de médio porte, com maiores chances de complicações, como: hemorragia, infecção, trombose e aderências e como qualquer outra cirurgia, deveria ser realizada apenas quando bem indicada, já que esse paciente não fará o "repouso" adequadamente, já que terá que amamentar, cuidar do recém nascido e as vezes de outros filhos.

Mas se mesmo assim ela for realizada, essa mãe deve ser acolhida, já que ela não será menos mãe ou menos forte e seu pós operatório é acompanhado de dor e pouco repouso.

O melhor parto é aquele em que todos se sentem bem e se recuperam bem.

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Dra Camila Rios Bretas

Cirurgia, Ginecologia e Acupuntura

camilariosb@gmail.com

FORMAÇÃO ACADÊMICA 2007 - 2012 | Graduação em medicina pela Fundação Educacional Lucas Machado - Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.2013 - 2015 | Residência médica em cirurgia geral pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais -...

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