Exames de rastreamento feminino: o que são e quais tumores identificam?
Os exames de rastreamento são feitos para diagnosticar o câncer antes que o paciente apresente qualquer sintoma da doença, com impacto no tratamento e redução na mortalidade.
Os exames, idade de início e interrupção variam com o tipo de doença e com o paciente, caso tenha fatores de risco. Observem o breve resumo abaixo:
Rastreamento de câncer de mama
- Mamografia.
Início segundo os fatores de risco, podendo ser iniciado aos 40 anos e anualmente a partir dessa idade.
- Ultrassom de mamas e axilas: pode ser necessário para complementação.
- Ressonância de mamas em casos específicos, como por exemplo história prévia de câncer de mama.
Obs: O MS recomenda início aos 50 anos, interrupção aos 69 anos e bianualmente nessa faixa etária.
O mastologista pode fazer o cálculo de risco para as pacientes e avaliar o início mais precoce do rastreio.
Rastreamento de câncer de colo de útero
- Papanicolau
No Brasil, o rastreamento com citologia oncótica é recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos e que já iniciaram atividade sexual, sendo trianual após 3 testes seguidos negativos.
*Obs: Em caso de início precoce de vida sexual, avaliar o início anterior a essa idade.
*Obs: A Febrasgo já recomenda o teste com DNA-HPV por captura híbrida a cada 5 anos, após os 30 anos.
*Outros exames podem ser solicitados em caso de alterações.
Rastreamento de câncer de endométrio
Não existe, já que nenhum exame pode diminuir a mortalidade.
- Ultrassonografia transvaginal, seguida de histeroscopia são solicitados em caso de sintomas, como sangramento pós menopausa, sendo um alerta para câncer de endométrio nesses casos.
Rastreamento de câncer de ovário
Não existe, já que nenhum exame modifica a mortalidade. Os exames abaixo são solicitados em caso de suspeita:
- Ultrassonografia transvaginal;
- Exames de sangue, sendo o mais comum, o marcador tumoral CA-125;
- Laparoscopia para biópsia/diagnóstico.
Rastreamento de câncer de intestino/cólon:
Inicio aos 45 anos.
- Sangue oculto nas fezes anual.
- Colonoscopia a cada 10 anos, para pacientes com risco habitual.
